Clube da Dona Menô
Dona Menô

CANDIDÍASE

Hábitos nocivos

 

 

Duchas vaginais: A vagina tem sua flora bacteriana de proteção e não deve ser modificada com duchas vaginais, que muitas vezes são utilizadas com a intenção de higienizar esta cavidade. Toda vez que os lactobacilos são carreados ou destruídos, imediatamente o local é povoado por fungos e bactérias estranhas.

 

Desodorantes íntimos: sprays aromatizantes, perfumes e desodorantes íntimos podem retirar o manto gorduroso de proteção da pele e mucosas, além de mudar, para mais ou menos, o PH local. Deve-se usar apenas sabonetes neutros.

 

Vestimentas inadequadas: Para se manter a região perineal o mais protegida possível dos fungos, é importante que se use roupas que facilitem a transpiração, principalmente no clima quente.

 

Higiene pessoal: Tomar banho ainda é uma recomendação, que, a princípio, parece óbvia, mas muitas pessoas não gostam de tomar banho ou não sabem tomar banho.

 

Ao acordarmos, após uma noite de sono, estamos sujos, mesmo que não pareça. Estamos também sujos após um dia de trabalho. Deve-se, pelo menos, lavar a região genital e ânus, principalmente após a evacuação, uma vez que é do intestino que vem rica fonte de fungos.

 

O uso do papel higiniênico após a evacuação deve ser passado na direção dos genitais para o ânus, mas o mais importante é lavar-se a seguir.

 

Também é indicado tomar banho de corpo inteiro, além da escovação dos dentes e língua, previamente ao contato sexual e após o mesmo.

 

As calcinhas, cuecas, shorts e calças compridas devem ser trocados diariamente ou até mais de uma vez ao dia, ainda mais se a pessoa estiver com micose. Nossas roupas não precisam ser lavadas com água fervente, apenas sabão em pó ou detergentes, e secas de preferência ao sol. Roupas mal lavadas e que são secas em lugares úmidos, como o banheiro, mantêm o fungo no tecido.

 

Não se deve compartilhar roupas íntimas e toalhas com ninguém. Isso também vale para escovas de dente.

 

Banheiras e bidês, se não perfeitamente limpos, são povoados por microrganismos os mais variados, inclusive a cândida. A água das piscinas, quando bem tratada com cloro, que tem forte poder germicida, não oferece risco, porém não se pode dizer o mesmo fora dela.

 

Uma ressalva é que o cloro altera o PH da pele e mucosas, facilitando a autocontaminação pelo fungo, acrescido do uso de roupas de banho com tecido sintético, que mantêm umidade e calor no corpo. São alertas importantes para quem pratica natação ou é usuário de piscinas em clubes. A água do mar não carreia o fungo, mas é na areia que mora o perigo. Felizmente em nossa sociedade não são habituais os banhos comunitários em ofurôs ou banheiras.

 

Por falar em banheira, ninguém consegue se limpar tomando banho em uma, prática comum em países frios. É um raciocínio lógico, pois todos os nossos germes retirados do corpo estarão sobrenadando à nossa volta. Deve-se tomar banho de chuveiro antes.

 

Alimentação: Quanto mais saudável e rica for a alimentação, melhor vai ser a imunidade do ser humano. Isso não significa que precisamos comer muito, mas comer com qualidade: carnes magras, verduras, frutas, legumes etc.

 

Quanto mais rica em açúcar e carboidratos for a dieta, maior o risco de crescimento de fungos no intestino, que, como já foi dito, é habitat da cândida e por onde se pode adquiri-la para outras áreas do corpo.

 

 

Leila Marinho Lage

http://www.clubedadonameno.com